daqui
Mir, em órbita há anos, desintegrou-se sobre as águas. Os destroços incandescentes iluminaram os céus num derradeiro espectáculo pirotécnico. Algumas partes mais pesadas continuam a arder na atmosfera.
terça-feira, maio 25, 2010
Encerrado para balanço
segunda-feira, março 08, 2010
Quase 1 ano
No primeiro mês tinhamos de lhe molhar a cara para o acordar.
No segundo mês vieram as cólicas acordá-lo.
No terceiro mês não havia quem o convencesse a dormir.
No quarto mês foi introduzido no circuito dos caracóis e apurado o seu gosto pela observação (e nem podia apurar mais gosto nenhum).
No quinto mês soube o que é o Verão com tudo a que tem direito.
No sexto mês soube o que é a creche e terá perdido alguns direitos...
Ao sétimo mês sentou-se e acabou-se qualquer descanso.
No oitavo mês conheceu os aerossóis e todos os seus amiguinhos (mas ao menos já pode esperar sentado pelo regresso do Verão).
No nono mês passámos a esperar sentados por dias sem ranhos e semanas sem febres, enquanto os dentitos iam nascendo aos pares.
No décimo mês foi Natal, com passagem pelas urgências na consoada, e o ano novo estreado com um fim de semana no hospital.
Ao décimo primeiro mês voltámos todos a respirar melhor e o tempo deixou de se contar em meses: numa semana bate palmas, noutra semana gatinha, na seguinte põe-se em pé, na outra tenta dar passinhos.
E antes que tivesse tempo para escrever este post ao décimo primeiro mês, entramos no décimo segundo: num dia põe as argolas no suporte, no outro dia come bolachas, no dia seguinte faz torres com os cubos...
Ontem disse adeus.
Qualquer dia sai de casa.
publicidade sem data
Há uns dias fomos ver um "concerto para bébés". Muito bom!
Sem tempo para escrever sobre o que o Pimpolho dançou, não quero deixar de publicitar este espaço feito à medida dos piolhitos (apesar de já não haver bilhetes para o próximo; há-de haver outros...espero)
Não fosse tão filho da mãe dele e até se teria aproximado do sintetizador, como fez o vizinho do lado. Mas mexeu no clarinete e no sintetizador pode mexer em casa (são mais de 30 anos de prática a contornar o que se perde com as vergonhas).
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Outros Carnavais
Muito se tem escrito e falado nestes dias, desde que o "Sol" "espreitou pela fechadura".
Neste dia em que o "Sol" brilha mais que nunca as nuvens ficam densas sobre Sócrates e chovem notícias, comentários, especulações e dissertações (pelo que não vale a pena alongar-me).
Sócrates mascara-se de Primeiro-Ministro respeitador da lei.
Jornalistas mascaram-se de polícias, advogados, juízes e demais defensores da lei.
E num PSD mascarado de alternativa cada vez são mais os que correm a mascarar-se de defensores da Pátria.
E aqueles, nós, que aparentemente queriam fazer de palhaços (com todo o respeito pelos verdadeiros palhaços) observam o circo onde se desmascaram as habilidades.
O que sairá deste Carnaval ultrapassa a minha imaginação; já me mentalizei há muito que neste país tudo é possível.
Mas não posso deixar de lamentar - e insurgir-me sempre que possível - que o Carnaval já não se resuma ao João Jardim de turbante na cabeça (é que esse, ao menos, mascara-se à vista de todos).
Dois séculos depois de D.Carlos o dizer continuamos "um país de bananas governado por sacanas".
Deprimente.
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Carnaval
as coisas que uma pessoa encontra quando resolve arrumar o mail...
A minha avó adorava o Carnaval e, como boa modista que era, insistia em vestir a rigor a minha mãe que detestava o Carnaval.
A minha mãe, que detestava o Carnaval - como prova a expressão compungida com que ficou registada nas fotografias - teve uma filha que adorava o Carnaval.
Dado que a avó morava longe e nem sempre podia fazer as fatiotas da neta e mãe e avó nunca deixaram a criança chegar perto da caixa de costura - algum trauma de Bela Adormecida que nunca percebi -, a filha idealizava as fatiotas que a mãe, sem qualquer vocação para modista, fazia até às tantas da noite da véspera como regista a cara de sono da filha na figura junto.
Espero sinceramente que se mantenha a tendência familiar e o meu filho saia à avó dele para eu não ter de passar pelo que fiz passar a minha mãe.
Posso gostar muito do Carnaval, mas - não vá o trauma da Bela Adormecida ter razão de ser - até hoje não me aproximo de nenhuma caixa de costura...
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Miranda, ele
É escusado.
Cada vez que resolvo que não hei-de escrever apenas sobre o Pimpolho...não escrevo nada.
Há que admiti-lo: a Mir virou Matrioshka e não há volta a dar.
Quando se vira Matrioshka não há Mir nem arquitecta nem Miranda nenhuma que se safe, não há mais nada senão o Mirandinha, ele.
Ele palra.
Ele tem febre.
Ele gatinha.
Ele tosse.
Ele põe-se em pé.
Ele espirra.
Ele ri-se.
Ele está ranhoso.
Ele vai passear.
Ele tem de ser assoado.
Ele vai para a creche.
Ele tem o nariz entupido.
Ele fica em casa.
Ele tem de ser ventilado.
Ele gosta dos separadores da Sic Notícias.
Ele gosta de sopa de peixe.
Ele gosta de computadores.
Ele não gosta da ginástica respiratória.
Ele vai ao Oceanário.
Ele vai ao hospital.
Ele vai à praia.
Ele tem 8 dentes.
Ele rabuja.
Ele brinca.
Ele dorme.
Ele até tem fotos mais recentes mas ainda não deu tempo para as descarregar.
Ele já não tem este casaco que era meu e era lindo mas perdemo-lo e quem o achou deve ter ficado muito contente.
E a Matrioshka é aquele apêndice que lhe assegura mobilidade, alimentação, mimo; que anda atrás dele e às vezes (só às vezes) lá arranja uns bocadinhos para ser arquitecta, que alguém tem de pagar as fraldas.
Mir? Qual Mir? Quem é essa?!
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Volta Verão, estás perdoado
"Casaco é o que as crianças vestem quando as mães têm frio", decorei.
Quando o pai anda de manga curta e a mãe de camisola, decidir a referência para a criança chega a exigir uma consulta estatística a partir da varanda.
E há dias em que a mãe usa duas camisolas e um robe numa sala aquecida e a criança tem apenas uma manguinha de algodão num quarto com o aquecimento desligado. Acontece quando a criança tem febre e a mãe cansaço seja por essa e ou por outras febres...
Sempre gostei mais do frio que do calor, mas estou por um fio de mudar de ideias.
Agora, que ele adormeceu sem termos de ir às urgências e a pizza ficou pronta vou jantar que é quase meia-noite.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
É a isto que se chama Sábado
Sopa feita e roupa lavada e estendida para aproveitar o sol - que as manhãs de Sábado deixaram de ser o que eram -, almoçados todos os três, parte-se para o Chiado.
Carro estacionado num lugarzinho catita, faz-se o que se tem a fazer e ainda sobra tempo para ir lanchar ao Nicola: empadas para nós, iogurtes para o Príncipe.
De volta ao carro, os pais comem castanhas enquanto se sobe a Rua do Carmo e antes de enfrentar a multidão mais as dezenas de carrinhos de bebés que enchem a Rua Garrett como se ainda fosse Natal.
Do Chiado segue-se rumo ao CCB que é tempo do Príncipe conhecer a Amália e nós aproveitamos para ver também as (outras) "Femme Fatale; ainda encontro a Moleskine que havia esgotado no Chiado.
O Príncipe delira com uma das fotografias da Amália (acima*), nós deixamos-nos encantar com os "Corações Independentes" da Joana Vasconcelos.
À hora de jantar há tão pouca gente no CCB como nos Pastéis de Belém: sobremesa assegurada!
"Lisboa no Inverno é linda", concluímos de regersso a casa.
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Sobre a roupa encharcada dando o mote ao Domingo de chuva que seguiu este Sábado não nos vamos pronunciar...
*Se não era esta, era uma parecida; sei que ela aparece com os olhos muito esbugalhados.