quarta-feira, janeiro 21, 2009

Príncipe carrapato, o ditador



Da sua poltrona ambulante, o príncipe carrapato, ainda invísível, vai tomando controlo sobre a vida dos que o rodeiam - ou de quem rodeia quem tal poltrona transporta.

Primeiro encheu o Natal de calcinhas e blusinhas e meinhas e tudo o mais que a imaginação alcança - em inho - chamando a si o maior número de oferendas.
Depois exigiu a purificação do ar na passagem de ano e substituiu os copos por peças de scrabble.
Entretanto determinou que o local que habitará fosse remodelado, qual palácio, de acordo com as suas imensas necessidades, devendo para tal ser disponibilizados os meios e mão de obra necessários de modo a assegurar que a sua poltrona não se movimente muito.
Para animar as hostes lá dá umas cambalhotas ao serão prendendo a atenção dos pajens durante horas em troca de uns minutos de gracinhas.
Pelo caminho vai lembrando que é ele quem mais ordena tendo definido como prazo de término de todos os trabalhos - para si ou para outros - uma data a indicar quando lhe der na real gana, a qual se aproxima de dia para dia com(o) a Primavera.

Alheio a crises, guerras, obamas e nevões, o príncipe carrapato, ainda invísivel, já tomou posse da vida dos seus súbditos.

(Estou em crer que um dia terá de haver uma revolução...)

6 comentários:

andreia salavessa disse...

Pois, pois...

Alexa disse...

Gostei muito deste teu texto, Mir :)

mir disse...

tenho de começar a treinar contos de fadas!! ;)

cardos disse...

Muito bom. O príncipe carrapato já está a preparar os seus pajens para as redobradas atenções a partir do dia em que fizer a sua primeira aparição.
E nós, vassalos desse príncipe, prestaremos as maiores reverencias :)

Catarina disse...

Só tende a piorar!!!

Anónimo disse...

E fotos que é bom, nada!!
;)
Pois que me parece que o principe não poderia ter escolhido melhor reino, subditos ou palácio...
Aqui por terras de outra majestade cá se vai andando (com a cabeça entre as orelhas) e andando com a tese para diante (uma outra espécie de monolito, portanto). Beijinhos ao clã em geral e respectivos sucedâneos.
Cheers luv!
r de ilhas onde também há realeza embora francamente aborrecida