segunda-feira, abril 21, 2008

Os Patafúrdios



"Por incrível que pareça..."


Com respeito a Deus e à Ciência, poderia apenas citar: "Estás com muito trabalho, certo?!". Mas não fica por aí...
Além das obras em geral e de algumas em particular, quando tiraram os andaimes do prédio onde vivo, começaram as obras no prédio onde trabalho; o que, tendo em conta que muito do espaço onde trabalho passa pelo prédio em si, temos considerado começar a usar capacete e botas adequadas.
Se os outros o fazem, porque não os arquitectos?!

Pelo caminho, nada melhor para comemorar Abril que uma conta jeitosa da Segurança Social, que merece um textinho especialmente dedicado ao assunto logo que possível. Se me demoro ainda me cobram juros, para somar aos que já tenho de pagar por eles se atrasarem.
Descobrimos a verdadeira essência deste país quando nos debruçamos sobre as Finanças!...

E como não nos debruçarmos sobre as Finanças quando as finanças nos fazem ter vontade, não apenas de debruçar, mas de nos atirarmos mesmo, pela janela?!
Uma conta puxa a outra - que as contas são como as cerejas - e, quando damos por ela, é o fim de um dia passado a correr e a sonhar com o serão, quando, para animar as hostes como se não estivessem já animadas, nos apercebemos que nos cortaram a luz e nem temos chave para abrir a porta para descobrir que o aviso estava perdido no fundo de uma caixa.
Claro que tudo isto acontece exactamente 5 minutos depois de fechar o último balcão da EDP porque não tinha bateria e não pude atender quem me tentou avisar.

Entretanto continuam os martelos e os berbequins, que substituem as foices neste Abril.

E os alicates. Os alicates até nem fazem barulho; mas faz quem os usa para abrir as molas dos tubos da máquina de lavar roupa e não há maneira de perceber de qual deles a água sai agora, que no Natal já se substituiu um.
Primeiro porque chovia no vizinho, depois porque chovia na rua e agora porque chove no chão da cozinha, se "não há machado que corte a raíz ao pensamento", também não há catana que desbrave este matagal de roupa para lavar.

Entretanto continuam os martelos e as serras, que substituem as foices neste Abril.

Quando devíamos celebrar o terceiro ano na casa em que moramos, quando podíamos pensar celebrar Abril...

"...não há nada,
não há nada,
que não nos aconteça!"

1 comentário:

Alexa disse...

Oh Mir, no meio de tanta agitação, ainda te lembraste desta maravilhosa série da nossa infância... que maravilha!