o Porto aqui tão perto (cont.)

Percebi enfim porque raramente vou ao Porto: é longe.

Foi longe quando nos rebocaram o carro na ribeira fazendo-nos gastar o dinheiro reservado para o hotel em Santiago de Compostela, o que nos obrigou a dormir no carro e voltar a Lisboa sem usar a A1, a não ser a partir de Aveiras, em absoluto desespero de causa, após 200 km pela Nacional 1 que tive o desprazer de conhecer desde Coimbra numa noite de chuva.

Foi longe quando nos convencemos que já havia alternativa à A1 e ficámos a conhecer o litoral norte depois de conhecer a obra da Paula Rego, mas conhecendo já a Nacional 1, o périplo terminou na cidade dos estudantes.

Foi longe quando três anos depois pensámos que a tal alternativa já estaria construída e demorámos cerca de cinco horas para ir da cidade das sete colinas à cidade invicta enquanto percebiamos que já se vai da Figueira da Foz a Leiria sem portagem mas o sentido inverso ainda não está aberto e perdiamos uma tal de A29 em Aveiro para só a reencontrar no Porto.

De volta à capital, ainda e sempre pela A1, compreendemos que bastava pagar 18€ para tornar o Porto mais perto.

Percebi agora porque raramente vou ao Porto: é caro.

É pena...


Outono em Serralves 3
de miro_me_mira.