No ano em que caíram as torres comecei a trabalhar.
Lembro o espanto enquanto falávamos ao telefone, o silêncio enquanto não discorremos que era melhor desligar, minutos de boca aberta a olhar para a televisão de um lado e do outro da linha.
Lembro que estava em casa e em cima da mesa o trabalho para a faculdade ficou à espera que o mundo percebesse o que se estava a passar.
Lembro o muito que se falou de arquitectura e engenharia nesses dias em que todos pensavam ser melhor viver em bunkers.
No dia mundial da arquitectura, desse ano, comecei a trabalhar.
Nunca lembro há quantos anos trabalho nesse sítio e quando me vejo obrigada a lembrar desconto os estágios, para parecer menos.
Há seis anos que faz sentido que me regule por anos civis. Mas antes houve outros seis, outros seis. (contas do diabo!)
Desde os seis anos entre estar na creche e ir para a escola primária, que a vida se regulou por anos lectivos. Desde que acabei os estágios que perdi a conta aos anos.
Setembro é mês de acabar um ano e começar o outro.
Acaba-se uma jornada, escondem-se na sombra as obrigações e abraça-se o sol, descansa-se e em Setembro carregam-se baterias para o que lá vem.
Em Setembro já todos, na família, tínhamos feito anos; recomeçava-se a contagem em Novembro.
Setembro é mês de arrumar passados e inventar futuros, de definir novos sonhos ao som da Carvalhesa.
Avante!
No ano em que caíram as torres comecei a trabalhar.
Há seis anos que caem rotinas, hábitos, intransigências e manias, caem moradas e números de telefone, caem horas por dormir e sonhos por acordar...
Mas há ciclos com fundações muito mais profundas que as dos arranha-céus.
sábado, setembro 15, 2007
Setembro
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6 comentários:
e em setembro também se muda a imagem de um blog:)
ora aí está! ;)
saudades tuas.
gosto do new look... que bom ver-te de volta...
;)
a gerência agradece! :)
:)
concordo com tudo isso!
setembro significa um virar de página...
ou até mesmo de mudar de livro!
"Setembro é mês de arrumar passados e inventar futuros, de definir novos sonhos ao som da Carvalhesa."
nem mais!
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