Há anos que sentia um relógio atrás de mim.
E que a cada passagem de ano ouvia o tic-tac do seu mecanismo com maior clareza.
Nos útimos três anos poderia mesmo jurar que cada segundo passava mais depressa.
Durante anos os objectivos a cumprir estão traçados, todos eles a curto prazo. primeiro perído. férias de natal. segundo período. páscoa. terceiro período. verão. venha o próximo ano.
Em pano de fundo um sonho longínquo que se ía ainda a tempo de mudar.
Pelo caminho todo o tempo para encher de floreados que alegrassem os interlúdios.
Depois vem o resto nos mesmos ciclos com princípio, meio e fim.
Há dias em que parece mesmo que o relógio está prestes a rebentar connosco, ou nós com ele.
Atira-mo-lo contra a parede; ele volta.
Queremos desligá-lo, recuperar fôlego; não nos dá tempo.
Um dia deixamos de o ouvir.
Silêncio.
Sem sentirmos o tempo a passar, o que nos move?
Sem meta definida, como escolhemos o caminho a percorrer?
Como percorreremos o caminho escolhido?
Temos tempo.
O que fazer a tanto tempo?
Vazio.
-
Será neste silêncio que se começa a ouvir o relógio biológico?
(limpar a casa, isso é que devia fazer ao tempo; bem sei, que a pick está em licença de parto, mas não me apetece nada!
qual vazio?
está é tudo cheio... de tralha; esta minha mania de atafulhar tudo de bibelots e outras inutildades! como vou ter tempo para limpar isto tudo?!)
domingo, janeiro 07, 2007
Bomba-Relógio (ou relógio-bomba)
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2 comentários:
O simples facto de te interrogares sobre o teu próprio relógio já é importante, não é?!
Às vezes, pensamos demais em coisas tão simples... como a vida ;)
Bjs
Por isso mesmo é que outro dia andei pensando: por que será que a vida não tem botões "PAUSE" "FF" e "RW"???
Bem que podia, né?
Beijos e bom restinho de domingo!
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