Apesar da minha Terrinha ficar num Alentejo muito especial todos os Natais se ouvia pelas ruas os "Operários do Natal".
Este ano, que fico por cá, assolam-me as saudades dessas músicas, nascidas quase ao mesmo tempo que eu com Ary dos Santos e Joaquim Pessoa, Carlos Mendes, Paulo de Carvalho e Fernando Tordo como pais.
Procuro pela internet e o que encontro são outras pessoas à procura, são poemas recordados aqui e ali porque alguém se lembra também, porque há quem não queira esquecer, porque há mais quem tenha crescido com essas músicas.
Alegra-me que haja quem quem não esqueça, temo que caminhe em direcção ao esquecimento.
Porque quero que os meus filhos também oiçam estas músicas;
Pelo direito a uma forma diferente de ver o Natal;
Porque discos assim já não se fazem...
MANIFESTO PELA REEDIÇÃO EM CD!
...aceitam-se sugestões...
(uma vez que não tenho o disco não sei editora para onde se possa escrever...)
*entretanto, se alguém me quiser oferecer no Natal uma cópiazinha, a gerência fica muito agradecida!
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Pelos "Operários do Natal"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Boas noticiaS!!
O tiago tem o disco e fizemos uma cópia para CD, para que a Amélia possa ouvir...:)
Por isso se quiseres faço-te uma cópia.
Beijocas, Bom Natal e Parabéns atrasados!!
andreia
Óptimo!!!!! :D
(será desta que vejo a Amélia?!)
É de facto uma pena que este disco não esteja editado em CD. Tenho visto, em diversos sites e blogs que a data atribuída a este disco é 1978. Não estão muito longe da zona temporal, mas, penso eu, falham quanto ao rigor. Este disco, que fez parte do imaginário de Natal (e não só) de muitos que eram crianças e jovens nos anos 70 foi, na verdade, lançado para coincidir com o Natal de 1977. Foi mesmo um acontecimento discográfico nesse já distante final de 1977. A partir daí, as suas canções andaram "na boca de toda a gente" e mesmo a rádio não se privava de as passar em qualquer altura do ano. Acontece que, com o passar do tempo, novos temas e novos êxitos da música portuguesa e estrangeira se foram sucedendo na rádio e da televisão. Consequência óbvia disto foi o progressivo e discreto afastamento destas canções e todo o feeling que elas transmitiam da atenção dos diversos ouvintes sempre ávidos de novidades. Apesar da sua qualidade e valor pedagógico,
Acabou por ficar como parte integrante da banda sonora de uma época que ficou "encapsulada" algures pelos finais da década de 1970. Com a chegada dos anos 80, a áurea que este disco transmitia tinha-se esmaecido como as cores de um cartaz que se desbotam sob a luz do sol. Por volta de 1980/1981, o disco "Operários de Natal" era já uma recordação individual na memória de muitos e os Mass Média já não pareciam ter mais "espaço" para uma que fosse das suas canções. Tinham acabado por "datar" definitivamente este disco que, à partida, não tinha sido concebido para ficar "datado". Por esta altura, começo dos anos 80, tinha havido uma invasão de novas músicas destinadas ao público infanto-juvenil, que haviam submergido quase tudo aquilo que até então era tomado como referência. José Barata-Moura, um dos grandes representantes da época anterior, já não entusiasmava tanto como dantes e lançava os seus últimos trabalhos de assinalar. Por seu turno, outros nomes ditavam as regras do "agora" de então. Entre estes estavam a Suzy Paula e as suas canções do "Areias" e das "Visitas" e um certo Tó Maria Vinhas mais a sua "Formiguinha" e o seu "Palhaço". Por outro lado, a moda muito futurista dos sintetizadores e das batidas electrónicas, que entrou de chofre logo no começo da década de 80, originou uma espécie de desprezo pela música que se fazia antes, com instrumentos convencionais. Foi a partir daqui que se preparou o caminho para a onda que se seguiu, onde dominavam "Ministars", "Onda Choc" e outros similares. Mas o resto é História...
O facto deste disco do tempo do vinil não estar editado em CD, é uma situação muito típica em terras lusitanas. Existe uma infinitude de material editado, pelo menos, nos últimos 40 anos em Portugal, que nunca foi nem será convertido para formato CD, quanto mais reeditado. No caso de outros países económicamente dominantes, como os E.U.A. e a Inglaterra, há muito que foram convertidos para CD as obras de diversos cantores, grupos e projectos musicais dos últimos 50 anos, mesmo que não tenham sido bafejados pelo êxito discográfico do seu tempo. Graças a isto, foi possível redescobrir muita coisa interessante, provando-se assim que o êxito de vendas e a fama não são sempre sinónimos de verdadeira qualidade. É verdade que uma grande parte desses CDs editados nos últimos 20 anos se converteram em autênticas raridades por terem sido entretanto descatalogados. Por vezes, nem sempre a sua conversão para CD foi a melhor.
É, de facto, o trabalho, de Natal Humano, mais conceituado feito em Portugal. Já o trabalhei na escola e os alunos adoraram imenso. Fizeram dramatizações excepcionais.
É, de facto, o trabalho sobre o Natal Humano, jamais feito em Portugal. Já o trabalhei na escola com os alunos. Adoraram. Fizeram dramatizações excepcionais.
Queria dizer: o trabalho Humano mais bem conceituado, feito em Portugal
Enviar um comentário