quarta-feira, janeiro 18, 2006

Hora de sossego

Gosto dos dias em que me consigo levantar (minimamente) a horas.
Gosto dos dias em que dou uma tarefa por terminada.
Gosto da paz que vem a seguir, a sensação de missão cumprida.

Nunca sei quanto tempo dura, agora, desde que.
Nunca sei o que vem a seguir, desde que.
Ah...mas tenho algumas horas antes de haver novidades.

É o tempo de inspirar até o ar novo chegar aos dedos dos pés.
É o tempo de almoçar num sítio com janelas onde sei que não encontro ninguém conhecido.
É o tempo de ver o sol espreitar pelas nuvens e o eléctrico a passar.
É um tempo meu.

Estes momentos, cada vez mais raros e preciosos, dedico-os a sentir o que me rodeia.
A sentir-me e a sentir-me sentir o que me rodeia.
Sinto o que sou e quem faz parte de mim.
Sinto os momentos bons que não tive tempo para sentir quando aconteceram.
Sinto o Largo de Santos hoje e o Largo do Carmo ontem.
Sinto o sorriso que me nasce na cara.
Sinto-me bem.
Sinto-me eu.

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